E eu sei que errei demais, mas agora... A dor me consome e isso já não me importa mais. A chama da culpa arde em meu corpo, sinto o peso dos meus atos sobre as minhas costas. Eu desistí. Desistí da minha vida, da minha alma. Não se há recompensa quando a dor é a sua única amiga.
Você vai pedir para que eu não desista, para continuar no mesmo erro, para continuar forte, superando o que há de vir. Mas eu posso ver o fim nos seus olhos. Esse sentimento angustiante, sujo, merecedor de nojo; não sai de mim, ao contrário, ele se torna inseparável. Talvez não seja tão difícil. O vazio vai sempre continuar, o atordoante silêncio vai permanecer e eu, sozinha sempre, continuarei até o momento em que a minha, a sua esperança estiver novamente em mim. Talvez algum dia, sobre as asas do tempo, a tristeza, o que tanto me angustia se vá. Meus olhos estam cansados, não vejo mais o horizonte, ele já não existe mais pra mim. Minhas pernas cansadas me fazem tropeçar nos meus próprios pés. Estou perdida. Perdida na escuridão de um novo tempo, de uma nova decepção, da frustração. O horror de dentro de mim me diz centenas de coisas, me impede de apodrecer, talvez seja parte do castigo. Apodrecer não deve ser pior do que apenas não mais existir. Sempre vazia. Mas, quem sabe algum dia, eu volte a existir, e, isso que me assombra me ensine a viver. Talvez eu volte a ser quem um dia fui. Ou apenas vou ser a mesma no seu pensamento. Somente no seu.

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